História da Fotografia

A primeira fotografia reconhecida foi feita em 1826, pelo francês Joseph Nicéphore Niépce, uma das primeiras pessoas a conseguir “imprimir” a luz em uma superfície sem usar qualquer tipo de tinta, porém as imagens desapareciam depois de um tempo. Ele usava uma câmara obscura, parecida com o que conhecemos hoje por pinhole, e um tipo especial de papel com cloreto de prata.


Primeira fotografia, feita por Joseph Nicéphore Niépce, em 1826 na França.


Em 1824 ele conseguiu encontrar um método que permitia mais duração das imagens e em 1826 foi registrada a primeira fotografia de duração indefinida (imagem acima), que existe até hoje. Como é possível perceber, no entanto, a qualidade ainda era baixíssima; além disso, o processo todo de captura levava horas.

Em 1834, Henry Fox Talbot criou uma versão bem primitiva do que posteriormente seria o negativo fotográfico, que ajudaria a tornar mais popular a fotografia. Mas foi apenas em 1849 que Louis Daguerre trouxe a arte, que era até então totalmente experimental e complexa, a um novo patamar.

O daguerreótipo e a popularização da fotografia
Até então, cada inventor fazia as suas experiências baseados em pouco estudo coletivo e as suas próprias impressões, porém Daguerre queria levar a fotografia para mais pessoas e começou a estudar os métodos de Niepce para criar uma forma de criar um mecanismo que até os leigos pudessem utilizar em casa para capturar momentos especiais.
Os daguerreótipos fixavam a imagem capturada em uma placa rígida e espelhada, que precisava ser guardada com cuidado, já que era extremamente frágil. Uma das mais famosas imagens capturadas por este método é a de Edgar Allan Poe (acima), que segue preservada até hoje. A riqueza de detalhes e a aparência tridimensional são duas das principais características desta técnica.


No Brasil também tivemos um nome importante no processo de desenvolvimento da fotografia com Antoine Hercule Romuald Florence, ou como conhecido na cidade Campinas, Hércule Florence.

Pretendendo publicar um estudo que fizera sobre os sons emitidos pelos animais, produto de suas observações anotadas na selva durante a expedição (o qual intitulou "zoophonie"), deparou com a inexistência de oficinas impressoras na Província de São Paulo. Decidiu então idear seu próprio método de impressão, a Poligraphie, e em 1832, já se encontrava estabelecido comercialmente oferecendo ao público seus escritos e desenhos, além de manter, ao mesmo tempo, uma loja de tecidos.

Observando o descolorimento que sofriam os tecidos de indianas expostos à luz do sol e informado pelo jovem boticário (e futuro botânico de nomeada) Joaquim Correia de Melo das propriedades do nitrato de prata, deu início às suas investigações sobre fotografia.

Suas primeiras experiências com a câmera obscura datam de janeiro de 1833 e encontram-se registradas no manuscrito Livre d'Annotations et de Premier Matériaux. Mais de 150 anos depois, o exame detalhado desse manuscrito por Boris Kossoy levou-o a comprovar o emprego pioneiro de Florence da palavra "photographie", pelo menos cinco anos antes que o vocábulo fosse utilizado pela primeira vez na Europa.

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